A relação entre dois dos principais líderes políticos do Maranhão, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, e o governador Carlos Brandão (PSB), chegou ao fim de forma definitiva. A confirmação de que Brandão não será convidado para o casamento de Dino, no próximo dia 30 de novembro, simboliza a ruptura de uma aliança que moldou o cenário político do estado nos últimos anos.
A parceria, que começou com Dino no governo e Brandão como vice, desfez-se em meio a desentendimentos e acusações de deslealdade. O ponto central da crise envolve o acordo político firmado em 2022, no qual Brandão, ao assumir o governo com o apoio de Dino, comprometeu-se a apoiar a candidatura do vice-governador Felipe Camarão (PT) ao cargo em 2026. Recentes movimentos de Brandão, contudo, indicam que ele pretende concluir seu mandato e, possivelmente, apoiar um sobrinho para sucedê-lo, rompendo o pacto inicial.
O desgaste se aprofundou com a decisão de Dino de suspender a nomeação do advogado Flávio Vinicius Araújo Costa, indicado por Brandão, ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-MA). Dino justificou a medida por questões judiciais e critérios constitucionais, mas aliados do governador interpretaram o gesto como um movimento de enfraquecimento político.
Enquanto Flávio Dino consolida sua posição no Judiciário e busca maior projeção nacional, Carlos Brandão tenta reafirmar sua liderança no Maranhão. A ausência de um convite para o casamento do ministro do STF tornou-se um símbolo público da separação, que deverá impactar profundamente o equilíbrio de forças políticas no estado nos próximos anos.
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