Sete meses após deixar a Prefeitura de Codó, cassado por denúncias de corrupção, o médico e ex-prefeito Zé Francisco vive seu pior momento político. Conhecido por romper acordos, trair aliados e concentrar decisões na própria família, Zé perdeu espaço e virou motivo de desconfiança até entre antigos apoiadores.
Apesar de bom médico, revelou-se um político desastroso. Após o fim de seu mandato, mostrou incapacidade de manter alianças e passou a ser visto como alguém que promete muito, mas não cumpre. Resultado: perdeu o apoio de quem antes segurava sua base.
Mesmo derrotado, Zé foi presenteado com a direção da UPA de Codó pelo governador Carlos Brandão. Era a chance de manter vivo seu grupo político com as quase 300 vagas de emprego disponíveis. Mas, fiel ao seu estilo, preferiu ignorar aliados e nomeou o próprio filho, Pedro Neres, para comandar a unidade. A decisão revoltou médicos e lideranças políticas, que esperavam espaço e foram completamente desprezados.
Para piorar, Zé Francisco abandonou todos os acordos firmados. Pessoas que estiveram com ele nos momentos mais difíceis foram humilhadas e descartadas. A crise interna teve início nas últimas eleições, quando erros estratégicos cometidos por seu filho abriram caminho para a vitória de Chiquinho do PT, mesmo com Zé controlando a máquina pública.
Hoje, o ex-prefeito está isolado. Os aliados que ainda restam, como o sobrinho Jorge Pitombeira, se mantêm apenas por laços familiares. A liderança que já foi vista como promissora naufragou, vítima da arrogância, do despreparo e da própria ingratidão.
Zé Francisco afundou o próprio barco — e levou alguns com ele.
Texto originalmente publicado no Blog do Marco Silva
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