O ex-prefeito de Codó, Zé Francisco, ainda está cassado por decisão da Câmara Municipal — e essa cassação permanece válida, já que a Justiça arquivou o processo movido por ele sem nem julgar o mérito. O motivo? Seu mandato já havia terminado, e ele sequer conseguiu se reeleger. Resultado: saiu pela porta dos fundos da política codoense.
Mesmo assim, ele não desistiu. Pelo contrário: já se movimenta para tentar voltar à cena pública como pré-candidato a deputado estadual em 2026. E uma de suas mais recentes ações nesse sentido é a promoção de um evento destinado às mães codoenses, marcado para este sábado (31). Um gesto que, na superfície, pode parecer homenagem — mas que, politicamente, soa como ensaio de campanha disfarçada.
Zé Francisco tenta reverter o desgaste de uma gestão que fracassou no essencial. Sua passagem pela prefeitura foi marcada pela falta de coleta de lixo, saúde, salários atrasados e uma administração completamente desorganizada, onde os filhos mandavam mais que os secretários — em especial Pedro Neres, figura central nas críticas que derrubaram sua popularidade.
Ele foi rejeitado nas urnas, cassado pelos vereadores e abandonado por parte da base que o elegeu. Agora, mesmo sem nenhum tipo de reparação judicial, usa eventos simbólicos como o de sábado para se reaproximar da população — talvez contando com o esquecimento dos eleitores.
Mas Codó não esquece. A cassação permanece. O rastro de má gestão também. E o Judiciário, ao arquivar o processo sem julgar se a cassação foi justa ou não, deixou uma pergunta no ar: será que a Justiça vai continuar ignorando os fatos enquanto ex-gestores se reciclam politicamente?
Zé Francisco ainda sonha em ser deputado. Mas, diante do que entregou como prefeito, talvez a pergunta mais honesta seja: o que ele imagina que ainda tem a oferecer à população?
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